terça-feira, 7 de janeiro de 2014

INAMI CUSTÓDIO PINTO (FOLCLORISTA PARANAENSE)







Inami Custódio Pinto, um dos maiores folcloristas, pesquisadores e compositores que o Paraná já produziu, dedicou a vida ao registro de tradições culturais, ritmos, danças, músicas e marcas da identidade dos habitantes desta parte específica do planeta.



Inami nasceu dia 19 de outubro de 1930, em Curitiba, e se formou na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Seu nome, Inami, significa em tupi-guarani: “água azul”. Inami tornou-se uma referência ao pesquisar e publicar trabalhos sobre os indígenas e as coletividades que conservam a memória de mitos, lendas, superstições, crenças, tabus e onde ocorrem manifestações de danças, autos, poesias, além do cultivo de artesanato. Além disso, entre as obras compostas por ele, está, por exemplo, o hino da cidade de Toledo.

Criador de mais de 200 músicas (muitas delas já gravadas por nomes como Ary Fontoura, Odelair Rodrigues e Os Calouros do Ritmo), Inami compôs também a conhecida música "Gralha Azul" e “Barreado”, músicas gravadas pela famosíssima cantora goiana Ely Camargo.
Nas pesquisas voltadas ao folclore paranaense ele desenvolveu trabalhos sobre figuras relevantes para a história do Estado, como a gralha azul, fandango e música folclórica. Fez suas primeiras pesquisas no litoral paranaense por meio de contato com pescadores e nativos das ilhas da região e realizou os primeiros registros em áudio e vídeo do Fandango Paranaense.

No meio acadêmico ministrou aulas da disciplina de “Folclore”, na Faculdade de Educação Musical do Paraná, depois, na Faculdade de Artes do Paraná, realizou várias palestras. Foi também presidente da Primeira Jornada de debates sobre o Folclore Nacional e participou de vários projetos culturais do Estado do Paraná.
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ORLANDO VILAS BÔAS, INAMI CUSTÓDIO PINTO E A CAUSA DO ÍNDIO

Admirador do célebre sertanista Orlando Villas Bôas, Inami relata não ter perdido suas palestras quando vinha a Curitiba. "Gravei essa afirmação dele:
“Quando deixar esta vida, não chorem por mim, apenas alguém tome o meu lugar junto aos nossos irmãos tão carentes de amor e melhor compreensão; pois, como eles, acredito também que nunca morre o homem que repartiu amor... ele reviverá na lembrança dos homens, nas matas, rios, montes, animais, aves, flores e em tudo o que existe na terra, em tudo que Deus criou e que ele soube preservar, em tudo aquilo que se chama amor."

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CRÉDITOS:
Zélia Maria Bonamigo é jornalista especialista em Mídia e Despertar da Consciência Crítica, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
E-mail: zeliabonamigo@terra.com.br



Inami Custódio Pinto conta que conheceu Orlando Villas Bôas em 1962. "O Orlando foi convidado por Wilson Coelho Pinto, fundador e diretor do curso de língua tupi, da Secretaria de Educação, com sede no Instituto de Educação do Paraná, em Curitiba, com a finalidade de ministrar palestras para a primeira turma de 60-62.ª Depois disso, Inami passou a lhe enviar correspondências periódicas, porque tinha interesse em conhecer sempre mais os índios e a língua tupi. Com esse objetivo, passou a lhe fazer visitas, quando Orlando se aposentou e foi morar em São Paulo, onde acolhia índios que o auxiliavam com depoimentos por meio de linguagem, sons e mímicas nas palestras que defendiam a sua causa. "Em seu apartamento, hospedava seus amigos de diversas tribos com quem conviveu no Parque Nacional do Xingu e dos quais se fazia acompanhar em suas palestras. Entre eles existiam índios com ensino superior, professores de português e nhengatú (tupi). O Orlando dizia que o maior pecado é aculturar o índio. É importante respeitar sua cultura e seu modo de ser. “Hoje os cientistas e professores índios continuam com seus costumes e ensinam as duas línguas aos filhos para não perderem a identidade", lembra Inami.
Inami conta que Orlando Villas Bôas o acompanhou  para conhecer os índios do Paraná. Relata que viu os usos e costumes da nação Caingangue paranaense. "O Orlando os achou muito interessante, mas não pôde continuar me acompanhando, porque na década de 60, época do regime militar, a aproximação dos índios era meio proibida, porque viviam em zona considerada de segurança nacional."
Segundo o folclorista paranaense, havia uma lei que obrigava o ensino do tupi no curso superior na década de 60. "Alceu d'Alligna era tupinólogo e conseguiu lecionar na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Este era o sonho do Orlando. Como se aposentou com um tiquinho de nada e vivia de palestras, pois, se dedicava integralmente às causas indígenas, mas gostaria de lecionar. Juntamente a este desejo de Orlando, o segundo projeto era ensinar a língua tupi nas escolas. Para tanto, nos reuniríamos com os professores brasílicos (de gente e coisas indígenas do Brasil), antropólogos, filólogos e estudiosos (tupinólogos), como eu, e organizaríamos vocabulário e gramática com sons familiares às duas línguas: tupi-português e português-tupi, pois, apesar de ter estudado por meio século a língua que todos os brasileiros deveriam conhecer, com tupinólogos famosos e, pessoalmente com Orlando e vários indivíduos da grande família lingüística Nhengatú e ramo Avanheem (Guarani), foi árdua a tarefa de nos fazer entender quando em visita às nações indígenas, com o objetivo de aprender a conhecer a cultura indígena." Nenhum destes dois projeto  se realizou. Faltou interesse das autoridades culturais”.
O antropólogo Inami disse que "o último contato com Orlando, na selva, ocorreu em 1975, quando visitaram os “Xavantes de Sagradouro” e “Aldeia Nova”, esta próxima ao Rio das Mortes em Mato Grosso que estava em construção. Villas Bôas lhe explicou que os Xavantes, apesar dos 20 anos de contato com outras culturas, mantiveram sua identidade e esta é sua principal característica. Lá encontraram professores do museu de antropologia da PUC de Campinas-SP para uma pesquisa, coordenada por Desiderio Aytai, Elaine Marquês Zanatta e Kimson S. Laut. Entre as informações, coletaram a dança indígena Corrida do buriti."
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Em termos musicais, o compositor e produtor Inami Custódio Pinto produziu o LP "Gralha Azul", com ELY Camargo, acompanhada pelos Titulares do Ritmo. Editado pela Chantecler - numa primeira tiragem, em forma de álbum e depois, em edição mais simples - este disco há muitos anos está esgotado.

GRALHA AZUL
(Inami Custódio Pinto)

Vem ver, vem conhecer
Minha Cidade Sorriso
Terra dos pinheirais
Vem ver, nossas riquezas
As mil e uma belezas
Um paraíso no sul.

Onde nasceu a Gralha Azul
Onde nasceu a Gralha Azul
O pinheiro dá pinha
Pinha dá o pinhão
Gralha Azul leva no bico
Vai fazer a plantação

Vôooa...

Gralha Azul tu és pequenina
Mas é grande o teu valor
És paranaense, bichinho
És bom, trabalhador

Vôooa... Gralha Azul, Gralha Azul.
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Principais obras literárias (Livros) deste admirável historiador, pesquisador e defensor das tradições paranaenses e brasileiras:

Folclore : Aspectos Gerais
Inami Custódio Pinto


 

ESPECIAL INAMI CUSTÓDIO PINTO - TV PAULO FREIRE


 

INAMI CUSTÓDIO PINTO



GRALHA AZUL - ELY CAMARGO
Letra de: Inami Custódio Pinto


GRALHA AZUL - FOLCLORE PARANAENSE
Letra de: Inami Custódio Pinho


Contato com Minervina Almeida (Vina Sertaneja):


 
 

Um comentário:

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