Inami
Custódio Pinto, um dos maiores folcloristas, pesquisadores e
compositores que o Paraná já produziu, dedicou a vida ao registro de tradições
culturais, ritmos, danças, músicas e marcas da identidade dos habitantes desta
parte específica do planeta.
Inami nasceu
dia 19 de outubro de 1930, em Curitiba, e se formou na Faculdade de Artes do
Paraná (FAP). Seu nome, Inami,
significa em tupi-guarani: “água azul”.
Inami tornou-se uma referência ao
pesquisar e publicar trabalhos sobre os indígenas e as coletividades que
conservam a memória de mitos, lendas, superstições, crenças, tabus e onde
ocorrem manifestações de danças, autos, poesias, além do cultivo de artesanato.
Além disso, entre as obras compostas por ele, está, por exemplo, o hino da
cidade de Toledo.
Criador de mais de 200 músicas (muitas delas já gravadas por nomes como Ary Fontoura, Odelair Rodrigues e Os Calouros do Ritmo), Inami compôs também a conhecida música "Gralha Azul" e “Barreado”, músicas gravadas pela famosíssima cantora goiana Ely Camargo.
Nas pesquisas voltadas ao folclore paranaense ele desenvolveu trabalhos sobre figuras relevantes para a história do Estado, como a gralha azul, fandango e música folclórica. Fez suas primeiras pesquisas no litoral paranaense por meio de contato com pescadores e nativos das ilhas da região e realizou os primeiros registros em áudio e vídeo do Fandango Paranaense.
No meio acadêmico ministrou aulas da disciplina de “Folclore”, na Faculdade de Educação Musical do Paraná, depois, na Faculdade de Artes do Paraná, realizou várias palestras. Foi também presidente da Primeira Jornada de debates sobre o Folclore Nacional e participou de vários projetos culturais do Estado do Paraná.
Criador de mais de 200 músicas (muitas delas já gravadas por nomes como Ary Fontoura, Odelair Rodrigues e Os Calouros do Ritmo), Inami compôs também a conhecida música "Gralha Azul" e “Barreado”, músicas gravadas pela famosíssima cantora goiana Ely Camargo.
Nas pesquisas voltadas ao folclore paranaense ele desenvolveu trabalhos sobre figuras relevantes para a história do Estado, como a gralha azul, fandango e música folclórica. Fez suas primeiras pesquisas no litoral paranaense por meio de contato com pescadores e nativos das ilhas da região e realizou os primeiros registros em áudio e vídeo do Fandango Paranaense.
No meio acadêmico ministrou aulas da disciplina de “Folclore”, na Faculdade de Educação Musical do Paraná, depois, na Faculdade de Artes do Paraná, realizou várias palestras. Foi também presidente da Primeira Jornada de debates sobre o Folclore Nacional e participou de vários projetos culturais do Estado do Paraná.
FONTE DE INFORMAÇÃO:
ORLANDO VILAS BÔAS, INAMI CUSTÓDIO PINTO E A CAUSA
DO ÍNDIO
Admirador do célebre sertanista Orlando Villas Bôas,
Inami relata não ter perdido suas
palestras quando vinha a Curitiba. "Gravei
essa afirmação dele:
“Quando deixar esta vida, não
chorem por mim, apenas alguém tome o meu lugar junto aos nossos irmãos tão
carentes de amor e melhor compreensão; pois, como eles, acredito também que
nunca morre o homem que repartiu amor... ele reviverá na lembrança dos homens,
nas matas, rios, montes, animais, aves, flores e em tudo o que existe na terra,
em tudo que Deus criou e que ele soube preservar, em tudo aquilo que se chama
amor."
FONTE DE
INFORMAÇÃO
CRÉDITOS:
Zélia
Maria Bonamigo é
jornalista especialista em Mídia e Despertar da Consciência Crítica, membro do
Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
E-mail: zeliabonamigo@terra.com.br
Inami Custódio Pinto conta que conheceu Orlando
Villas Bôas em 1962. "O Orlando foi convidado por Wilson Coelho Pinto,
fundador e diretor do curso de língua tupi, da Secretaria de Educação, com sede
no Instituto de Educação do Paraná, em Curitiba, com a finalidade de ministrar
palestras para a primeira turma de 60-62.ª Depois disso, Inami passou a lhe
enviar correspondências periódicas, porque tinha interesse em conhecer sempre
mais os índios e a língua tupi. Com esse objetivo, passou a lhe fazer visitas,
quando Orlando se aposentou e foi morar em São Paulo, onde acolhia índios que o
auxiliavam com depoimentos por meio de linguagem, sons e mímicas nas palestras
que defendiam a sua causa. "Em seu apartamento, hospedava seus amigos de
diversas tribos com quem conviveu no Parque Nacional do Xingu e dos quais se fazia
acompanhar em suas palestras. Entre eles existiam índios com ensino superior,
professores de português e nhengatú (tupi). O Orlando dizia que o maior pecado
é aculturar o índio. É importante respeitar sua cultura e seu modo de ser. “Hoje
os cientistas e professores índios continuam com seus costumes e ensinam as
duas línguas aos filhos para não perderem a identidade", lembra Inami.
Inami conta que Orlando Villas Bôas o acompanhou para conhecer os índios do Paraná. Relata que
viu os usos e costumes da nação Caingangue paranaense. "O Orlando os achou
muito interessante, mas não pôde continuar me acompanhando, porque na década de
60, época do regime militar, a aproximação dos índios era meio proibida, porque
viviam em zona considerada de segurança nacional."
Segundo o folclorista paranaense, havia uma lei que
obrigava o ensino do tupi no curso superior na década de 60. "Alceu
d'Alligna era tupinólogo e conseguiu lecionar na Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Este era o sonho do Orlando. Como se aposentou com um tiquinho de nada
e vivia de palestras, pois, se dedicava integralmente às causas indígenas, mas
gostaria de lecionar. Juntamente a este desejo de Orlando, o segundo projeto
era ensinar a língua tupi nas escolas. Para tanto, nos reuniríamos com os professores
brasílicos (de gente e coisas indígenas do Brasil), antropólogos, filólogos e
estudiosos (tupinólogos), como eu, e organizaríamos vocabulário e gramática com
sons familiares às duas línguas: tupi-português e português-tupi, pois, apesar
de ter estudado por meio século a língua que todos os brasileiros deveriam
conhecer, com tupinólogos famosos e, pessoalmente com Orlando e vários
indivíduos da grande família lingüística Nhengatú e ramo Avanheem (Guarani),
foi árdua a tarefa de nos fazer entender quando em visita às nações indígenas,
com o objetivo de aprender a conhecer a cultura indígena." Nenhum destes
dois projeto se realizou. Faltou
interesse das autoridades culturais”.
O antropólogo Inami
disse que "o último contato com Orlando, na selva, ocorreu em 1975, quando
visitaram os “Xavantes de Sagradouro” e “Aldeia Nova”, esta próxima ao Rio das
Mortes em Mato Grosso que estava em construção. Villas Bôas lhe explicou que os
Xavantes, apesar dos 20 anos de contato com outras culturas, mantiveram sua
identidade e esta é sua principal característica. Lá encontraram professores do
museu de antropologia da PUC de Campinas-SP para uma pesquisa, coordenada por
Desiderio Aytai, Elaine Marquês Zanatta e Kimson S. Laut. Entre as informações,
coletaram a dança indígena Corrida do buriti."
FONTE DE INFORMAÇÃO:
CRÉDITOS:
Em termos musicais,
o compositor e produtor Inami Custódio Pinto produziu o LP "Gralha
Azul", com ELY Camargo, acompanhada pelos Titulares do Ritmo. Editado pela
Chantecler - numa primeira tiragem, em forma de álbum e depois, em edição mais
simples - este disco há muitos anos está esgotado.
GRALHA AZUL
(Inami Custódio Pinto)
Vem ver, vem conhecer
Minha Cidade Sorriso
Terra dos pinheirais
Vem ver, nossas riquezas
As mil e uma belezas
Um paraíso no sul.
Onde nasceu a Gralha Azul
Onde nasceu a Gralha Azul
O pinheiro dá pinha
Pinha dá o pinhão
Gralha Azul leva no bico
Vai fazer a plantação
Vôooa...
Gralha Azul tu és pequenina
Mas é grande o teu valor
És paranaense, bichinho
És bom, trabalhador
Vôooa... Gralha Azul, Gralha Azul.
---//---
Principais obras literárias (Livros) deste admirável historiador, pesquisador e
defensor das tradições paranaenses e brasileiras:
Folclore : Aspectos Gerais
Inami Custódio Pinto
Inami Custódio Pinto
Curso de Introdução aos Estudos
de Folclore
Inami Custódio Pinto
Inami Custódio Pinto
ESPECIAL INAMI CUSTÓDIO PINTO - TV PAULO FREIRE
INAMI CUSTÓDIO PINTO
GRALHA AZUL - ELY CAMARGO
Letra de: Inami Custódio Pinto
Letra de: Inami Custódio Pinto
GRALHA AZUL - FOLCLORE PARANAENSE
Letra de: Inami Custódio Pinho
Letra de: Inami Custódio Pinho
Contato com Minervina Almeida
(Vina Sertaneja):
E-mail: radiowebmusic35@hotmail.com
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